As nogueiras e as nozes

Muitas pessoas gostam de nozes, não é mesmo? No imaginário de muitas pessoas que vivem no Brasil, as nozes são os frutos secos que são comidos normalmente na época do natal. Mas, porque será que é assim?

Vamos lá falar um pouquinho sobre as nogueiras e as nozes.

Existem diversas variedades de nogueiras. A nogueira comum (Juglans regia) é uma árvore que pode atingir os 25 m de altura. É uma árvore nativa da Europa e da Ásia e Portugal tem muitas dessas árvores espalhadas pelo seu território. Quando andamos pelos campos costumamos ver muitas nogueiras.

A nogueira é uma árvore de folhas caducas. As folhas começam a ficar amareladas e acastanhadas no outono e vão caindo até que, no inverno, as árvores ficam totalmente sem folhas.

As folhas começam a brotar no final do inverno e início da primavera. As flores surgem na árvore em março e abril. As nozes vão crescendo e são assim enquanto estão verdes.

As flores polinizadas vão produzir os frutos e é mais ou menos em outubro/novembro que as nozes começam a secar e a abrir nas árvores. É comum encontrar as nozes caídas pelo chão quando estão "prontas para o consumo".

A noz é um fruto seco de casca dura e você sabia que o que comemos é a semente?

É no outono que as nozes estão maduras e é um fruto que se pode guardar no inverno.

Quem vive em zonas temperadas do globo, em zonas onde o inverno é mais rigoroso é na primavera e verão que são produzidas mais frutas. No outono já são menos e no inverno ainda menos. No inverno é mais comum se comer frutos secos e também aqueles desidratados como os figos e os alperces, também chamados de damascos.

Dona natureza é sábia e nos dá o alimento que precisamos.

Outros frutos de casca dura são as bolotas (dos carvalhos e azinhos), as avelãs, as amêndoas, as castanhas, etc.

E vocês, gostam de frutos secos? Já tinham visto como são as nozes verdes?

Equinócio de Outono de 2015

Depois de uns dias mais frescos, o dia 20 de setembro foi um domingo especialmente quente, com temperaturas de 30 ou mais graus na região de Lisboa. O dia foi bom para aproveitar o finalzinho de verão porque o outono já vem chegando...

Hoje, dia 23 de setembro às 8:21 começou "oficialmente" o outono.

O verão já passou, as festas de verão já passaram...

As escolas já começaram o novo ano letivo, umas no dia 15 outras no dia 21 de setembro.

Algumas folhas já começaram a cair das árvores, outras já estão amarelas...

Os chorões estão amarelos e vermelhos... as flores já secaram e deixaram cair as suas sementes pelos campos...

Novo ciclo recomeça. Hora de trabalhar, hora de preparar para o inverno, tempo de recolher...

O pão em Portugal

Ainda não contei para vocês sobre o pão em Portugal. Mas antes, falemos um pouquinho sobre o pão no Brasil.

No Brasil em geral, come-se "pão francês". Pão francês com algumas diferenças, uns mais secos e outros menos, mas sempre pão de farinha de trigo e água, basicamente. Mais recentemente já é possível encontrar outros tipos de pães, principalmente nas cidades grandes mas, em geral, o pão francês reina sozinho. Também existem outros tipos de pães e bolos feitos por descendentes de imigrantes que mantiveram a tradição. 

Alguns dos portugueses que emigraram para o Brasil nos últimos anos desta emigração, acabaram por trabalhar em padarias. E eu me pergunto, porque é que fazem "pão francês" com tantos tipos diferentes de pães em Portugal? Se souberem, me contem, por favor!

Mas, continuando a nossa conversa, o pão é um alimento muito importante na cultura portuguesa e existe vários tipos de pães, cada um de um tipo e normalmente estão relacionados com a aldeia, concelho ou região em que são produzidos. Por exemplo "pão de Mafra", "pão alentejano", "pão de Rio Maior", entre outros.

Por volta dos anos 1950/1960, os pães que havia em Lisboa era a carcaça, o pão escuro e o pão saloio. Atualmente existe uma grande variedade de pães e é possível comprar pães de outras regiões também na capital.

Por aqui os pães podem ser de farinha de trigo, de centeio, de milho ou da mistura destes cereais. As diferenças entre os pães serão basicamente no formato do pão e na quantidade que a massa leva de cada tipo de farinha e, claro, o sabor do pão vai depender das farinhas utilizadas na fabricação.

Atualmente, o pão mais comum é o que chamamos de "carcaça", também conhecido como "papo-seco" em alguns lugares. Não é a mesma coisa mas... seria como o pão francês no Brasil.

Por aqui temos: bolas, bolinhas, pão bijou, cacetinho, baguete, pão da avó, pão alentejano, pão de mafra, vianas, bolo do caco, caralhotas, etc.

bolas

Antigamente os pães eram cozidos em fornos de lenha e muitas vezes, comunitário. Hoje em dia já é menos comum mas, com certeza, estes ainda são os melhores.

Além destes tipos de pães temos outros como: o folar (feito especialmente na Páscoa), a broa de milho, a bôla de carne, a fogaça, a arrufada, a regueifa, o pão de Deus e tantos outros.

E muitos pratos típicos, principalmente no Alentejo, são feitos com pão como as migas e as açordas. Isso eu mostro para vocês outro dia.

Para terem uma ideia da importância do pão na alimentação dos portugueses visitem o Museu do Pão em Seia. Além de ser um bom passeio é culturalmente muito interessante.

Ah! E se quiserem sugerir mais nomes de pães de Portugal é só comentar aqui embaixo que eu completo a lista! Muito obrigada! :)

Pipis

Já fazia um tempinho que eu não mostrava um dos petiscos desta terra. Pipis!

Mas, o que é isso?

Pipis é o nome dado a um petisco que se come em muitas tascas de Portugal. Este petisco é normalmente feito com miúdos e moelas de frango. Pode incluir também pés e pescoço de frango.

A receita inclui moelas, cebolas, alho, louro, azeite, vinho branco ou cerveja, tomate e/ou polpa de tomate e salsa picada. Faz-se um refogado com o azeite, a cebola, o alho, o tomate e o louro. Acrescentam-se as moelas e o vinho (ou cerveja) e deixa-se cozinhar em fogo brando até que as moelas estejam cozidas. No fim, acrescente a salsa picada e sirva com pão.

E bom apetite!

Acabando o verão

"Quando entrar setembro... e a boa nova andar nos campos..."

Quem não se lembra dos versos de Beto Guedes em Sol de Primavera? Pois... é assim no hemisfério sul mas, aqui no hemisfério norte o outono já começa a dar sinais.

Esse ano não posso reclamar do tempo por aqui. Não choveu muito (o que é mau para a agricultura) e tivemos dias quentes desde maio.

Agora que setembro chegou as noites já começaram a ficar mais frescas. Ainda temos um pouco de calor durante o dia mas o outono começa a chegar devagarinho com algumas folhas ficando amarelas e outras já no chão.

O auge das férias de verão em agosto já passou. Um novo ano letivo está prestes a começar.

É tempo de começar a recolher pinhas para a lareira e de preparar para o inverno.

Mas antes, vamos aproveitar mais um pouco os dias sem chuva e frio que vêm por aí.