domingo, 14 de setembro de 2014

O Sebastianismo

Ontem o dia amanheceu cheio de nevoeiro, principalmente pelo rio Tejo e eu me lembrei do Sebastianismo ou...

O que que essa imagem de Lisboa “flutuando” nas nuvens tem a ver com isso?


Dom Sebastião foi o 16º Rei de Portugal. Nasceu em Lisboa em Janeiro de 1554 e era filho de D. João e de D. Joana de Áustria. Esse rei faleceu em Agosto de 1578 quando estava combatendo na batalha de Alcácer Quibir, no norte da África.

D. Sebastião herdou o trono do avô D. João III, em 1557, com apenas 3 anos de idade. Como era muito novo, foi a sua avó, D. Catarina quem ficou regente de Portugal. Quando D. Sebastião tinha os seus 14 anos, resolveu juntar os soldados e foi lutar na guerra no Norte de África. Ele tinha o desejo de prosseguir a cruzada dos Descobrimentos e de expandir a fé cristã. Em Portugal adquiriu o cognome de “O Desejado”. (Todos os reis portugueses tem um cognome...).

Como ele morreu lá pelo norte da África e nunca voltou ao país, em 1580 Portugal foi anexado pela Espanha (sim, é isso mesmo, portugueses e brasileiros também já foram espanhóis…).

D. Sebastião não deixou descendentes (morreu cedo, não deu tempo de ter filhos…) e os espanhóis acabaram "tomando conta do pedaço" até 1640.

Enquanto isso, com a anexação pela Espanha, o país viveu tempos difíceis de opressão, sofrimento e miséria. Com isso, os portugueses ficaram esperando um messias, um herói, um rei salvador. Desse fato, surge o sebastianismo que, nada mais é que, uma crença messiânica, a crença num salvador, naquele que vai livrar o país de todos os seus problemas.

Mas até agora eu não respondi o que que esse nevoeiro sobre Lisboa e o Tejo tem a ver com isso, né mesmo?

Pois então... De acordo com o mito, o regresso de D. Sebastião acontecerá numa manhã de nevoeiro, montado no seu cavalo branco, vindo de uma ilha distante, onde esteve esperando a hora certa de regressar...

Sempre que vejo o nevoeiro sobre o Tejo lembro-me de D. Sebastião…
“Será que é hoje que ele chega?”

PS. Esta foto não é de ontem, é mais antiga.

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