domingo, 22 de junho de 2014

Lenda do galo de Barcelos

Hoje vou contar a história do galo de Barcelos, um dos mais representativos souvenirs de Portugal, encontrado em praticamente todas as lojas para turistas do país.

Barcelos é uma cidade portuguesa que fica localizada na região Norte de Portugal, mais especificamente na sub-região do rio Cávado. De Barcelos vem a lenda do galo. 


No Museu Arqueológico da cidade encontra-se um cruzeiro medieval ao qual a lenda está associada. 

Conta-nos a lenda que os habitantes da aldeia andavam alarmados com um crime e, mais ainda, porque não tinham descoberto o criminoso. Um dia apareceu um galego (um homem da Galícia) na aldeia e este logo se tornou suspeito. As autoridades resolveram prender o homem, que jurava inocência mas que ninguém acreditava. Ninguém também acreditava que o galego se dirigia a Santiago de Compostela para cumprir uma promessa nem que fosse devoto fervoroso deste e também de São Paulo e de Nossa Senhora.

Sendo “julgado” por todos foi condenado à forca pelo juiz da cidade mas, antes de ser enforcado, pediu para ser levado à presença do juiz que o condenara. Foi então que o levaram à casa do juiz que, nesse momento, jantava com alguns amigos. Quando lá chegou, o galego voltou a afirmar a sua inocência e, perante a incredulidade de todos os presentes, apontou para um galo assado que estava sobre a mesa e disse:

“É tão certo eu estar inocente como é certo esse galo cantar quando me enforcarem”.

Os presentes riram mas, pelo sim pelo não, ninguém tocou no galo e o que parecia impossível tornou-se realidade. Quando o peregrino estava a ser enforcado o galo assado levantou-se da mesa e cantou. E aí ninguém mais duvidou da inocência do condenado. Então o juiz correu até à forca e viu o homem com a corda ao pescoço mas, como o nó estava frouxo, o enforcamento não aconteceu. Imediatamente o homem foi solto e deixado para seguir em paz.

Passados alguns anos, voltou a Barcelos e mandou construir o monumento (o tal cruzeiro) em louvor a São Tiago e à Virgem. 

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